domingo, 20 de dezembro de 2009

Efeitos de Crepúsculo: clima, perucas e cabos

crepusculo1No papel, o inverno de Portland era ideal – nublado na maior parte dos meses. Isso provou ser verdade, por talvez 20 minutos de cada vez. Hardwicke filmava uma cena de um ângulo e, enquanto preparava outro, poderia chover, cair granizo ou sair o Sol, então ela precisava estar sempre preparada com um plano B. “Todos os dias a lista de atores tinha pelo menos três cenas possíveis que poderíamos filmar. A minha lista de filmagens era feita duas, três semanas antes, às vezes até um mês. Eu fiz o storyboard das cenas mais complexas. Nós tínhamos o plano B, e o plano B do plano B”.

Crepúsculo
A Diretora Catherine Hardwicke no set de filmagem

Considerando que era preciso mover o equipamento, equipe e atores para locações remotas na floresta, o clima contribuiu para que o filme fosse um pesadelo de logística, diz Hardwicke, que nem por isso deixou de cumprir o calendário e o orçamento. “Nós não passamos nem um dia do limite de gravação ou pós-produção”, ela ressalta com orgulho.
O elenco também achou difícil o clima imprevisível. Taylor Lautner, que interpreta Jacob Black, ainda sente calafrios ao lembrar das cenas com Kristen Stewart em uma praia fria. “Foi o pior clima em que estive tentando filmar uma cena. Para mim, esse foi o maior desafio”, diz ele. Mas a peruca de cabelos longos que tanto pinicava também não foi fácil: o cabelo “ficava sempre entrando na minha boca”, lembra ele.
A maioria dos atores de “Crepúsculo” passaram por transformações nos cabelos. “Se você tinha cabelo loiro, tingia de castanho. Se era castanho, tingia de loiro”, observa Peter Facinelli, que se encaixou na última categoria. “Levou um bom dia no salão, e ainda com os retoques, precisava de muita manutenção”.
Ele e seus colegas membros da família Cullen – todos vampiros – também precisavam usar uma maquiagem pálida. “Nós tivemos uma semana de testes com todos os tipos de maquiagem”, lembra ele. “Eles tinham uma invenção do Japão, um ionizador, e enquanto eles colocavam a maquiagem em você, se te tocassem, você levava um choque”.
Os atores que interpretaram vampiros também precisavam lidar com lentes de contato especiais que reduziam sua visão. “Nossas lentes eram pretas com um toque de vermelho sangue”, lembra Rachelle Lefevre, que interpreta a vilã Victoria. Ao usá-las, “você não tem visão periférica então não consegue descer degraus sozinho. Você tropeça muito. Eu caí de verdade uma vez – o que não foi agradável. E eu sempre me assustava com as pessoas, porque você não consegue ver quem está chegando perto de você.”
Lefevre se divertiu muito mais com os truques de ação do filme, que incluíam um traje de arame chamado Carpete Mágico, que cria a ilusão de que os atores estão se movendo mais rápido que a velocidade normal. “Nós ensaiamos em um depósito. Eles começaram bem devagar, com 8 km/h, depois 10km/h, depois 16 e depois 20, e continuavam aumentando a velocidade. Foi incrível, na verdade era como aprender a andar novamente, porque primeiro você começava de joelhos. Aterrissar era bem difícil. Você deveria parar nessas poses malucas, mas eles te brecavam e você caía pra frente”, ela conta. “Mas uma vez que você pega o jeito, é o máximo.”
Nem todos os seus colegas de elenco compartilham de seu entusiasmo com os arames, particularmente o aspecto da suspensão. “Foi doloroso pra mim”, conta Nikki Reed. “É como uma cinta de 7 kg em que você foi preso e suspenso por cabos. Então eles te suspendem e a câmera não está pronta, aí você fica no ar, balançando todo o seu peso. Parecia retardado”.

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